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The Conference

The last decades have witnessed the development of studies on material culture, favouring an inter- and multidisciplinary approach. This has enabled a more cohesive reading of the way in which the medieval Man related to his material environment, manipulating, adapting and transforming it, of the uses given to the objects he produced, the meanings attributed, how he interacted with them in cognitive and affective terms.

 

Summoning this dimension in the relationship with religion, devotional practices, sensibilities and representations, carries a new set of questions and necessarily calls for different knowledge in order to deepen understanding and the interpretation of the relationship between medieval religiosity and their material translations. From the images carved and painted to the buildings edified, from liturgical objects to reliquaries and tombs, from books to personal objects of piety, from temples to the inscription of the various forms of religious life, there are many domains where the relation between materiality and devotion can be a prospect and a problem. It intersects the material, functional, performative and aesthetic dimensions with the different readings it calls for, the cognitive and emotional apprehensions, the representations (erudite and popular) it associates with, the practices that it sustains, the memories that polarize and legitimize, the powers that were affirmed through it. It discloses the diversity of variants such as wealth and social position, more or less literate training, and gender differences.

 

The colloquium thus aims to be a broad space for debate, both in the plurality of knowledge and in the diversity of sources, historical, geographical and religious contexts (Christian, Jewish, Islamic and other), and in analytical perspectives.

La Conférence

Ces dernières décennies ont été marquées par le développement d'études sur la culture matérielle, en privilégiant une approche inter et multidisciplinaire. Ce regard a permis une lecture plus intégrée de la manière dont l’homme médiéval a interagi, a manipulé, a adapté et a transformé  son environnement matériel. De ce fait, des visions plus foisonnantes virent le jour sur les  utilisations qu’il donna aux objets qu’il produisait, les significations qu’il leur attribuait, la manière dont il les a utilisées au niveau cognitif et affectif. 

La convocation de cette dimension dans les rapports maintenus par l’individu  avec l’univers religieux, ses pratiques de dévotion, ses sensibilités et ses représentations soulève un nouvel ensemble de questions, tout en appelant nécessairement à des connaissances multidisciplinaires, afin de mieux comprendre et interpréter la relation entre la religiosité médiévale et leurs traductions matérielles. Des images sculptées ou peintes aux édifices, des objets liturgiques aux reliquaires et tombes, des livres aux objets de piété personnels, des temples à l’inscription spatiale des différentes formes de la vie religieuse, il existe de nombreux domaines où la relation entre matérialité et dévotion mérite d’être adressée et problématisée.  Cette dernière se place au croisement de la dimension matérielle, fonctionnelle ou performative et esthétique avec les différentes lectures soulevées par celles-ci. Par ailleurs, cette relation s’envisage également par le biais d’appréhensions cognitives et émotionnelles, par les représentations (érudites ou populaires) qu’elle suscite, par les pratiques qu’elle entretient, par les souvenirs qu’elle polarise et légitime, de même que par les pouvoirs qui la mettent de l’avant. Elle se révèle dans la diversité des variantes telles que la richesse ou la position sociale, le degré de la formation académique ou les différences entre les sexes.

Le colloque se veut donc un vaste espace de débat, aussi bien dans la pluralité des savoirs convoqués et dans la diversité des sources et des contextes historiques, géographiques et religieux (chrétien, juif, islamique ou autre) aperçus, que dans des perspectives d’analyse et des problématiques envisagées

 

A Conferência

As últimas décadas assistiram ao desenvolvimento dos estudos sobre a cultura material, privilegiando uma abordagem inter e multidisciplinar. Esta olhar permitiu uma leitura mais integrada do modo como o Homem medieval se relacionou e soube manipular, adaptar e transformar o seu ambiente material, os usos que conferiu aos objetos que produziu, os significados que lhes atribuiu, o modo como interagiu com os mesmos em termos cognitivos e afetivos.

Convocar esta dimensão na sua relação com o universo religioso, das suas práticas devocionais, das sensibilidades e representações, transporta consigo um conjunto novo de interrogações e convoca necessariamente saberes diversos em ordem a uma compreensão e interpretação mais profunda da relação entre a religiosidade medieval e as suas traduções materiais. Das imagens esculpidas ou pintadas ao edificado, das alfaias litúrgicas aos relicários e os túmulos, dos livros aos objectos pessoais de piedade, dos templos à inscrição espacial das diversas formas de vida religiosa, são muitos os domínios onde a relação entre materialidade e devoção pode ser perspetivada e problematizada. Nela se cruzam a dimensão material, funcional ou performativa e estética com as distintas leituras que suscita, as apreensões cognitivas e emocionais, as representações (eruditas ou populares) a que se associa, as práticas que sustenta, as memórias que polariza e legitima, os poderes que nela se afirmam. Nela se traduz a diversidade revelada em variantes como a riqueza ou posição social, a maior ou menor formação letrada ou as diferenças de género.

O colóquio pretende ser, assim, um espaço amplo de debate, tanto na pluralidade de saberes convocados como na diversidade de fontes, contextos históricos, geográficos e religiosos (cristão, judaico, islâmico ou outros), e nas perspetivas de análise e problemáticas.

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